ATIVIDADE FÍSICA E RISCO PARA DEPRESSÃO

O que sabemos
    • A Depressão é a maior responsável pela carga de doença associada a transtornos mentais – e os tratamentos disponíveis nem sempre são eficazes.
    • Estudos anteriores apontaram o exercício físico como uma possível intervenção preventiva para Depressão.
    • Entretanto, não sabemos qual a relação de dose-resposta entre o nível de atividade física e a redução do risco – ou seja, quanto exercício é necessário fazer para que seja efetivo para prevenir a Depressão.

Estudo

      • Revisão sistemática e meta-análise de estudos que mediram atividade física no baseline e sintomas depressivos ou diagnóstico de Depressão após algum seguimento.
      • Os autores reuniram estudos prospectivos (seguimento de pelo menos 3 anos, para evitar causalidade reversa) e de grande porte (com pelo menos 3000 participantes, mitigando os efeitos de estudos pequenos).
      • Para harmonização, as atividades físicas foram convertidas para unidades METs, que medem a intensidade metabólica do exercício físico.
Resultados 
    • Quanto maior a carga de atividade física, menor o risco de Depressão, com potencial de 20-30% menor risco de desenvolver o transtorno.

    • Contudo, conforme mostra o gráfico, a redução é mais expressiva nos primeiros níveis de atividade física – depois de 5-10 METs-hora por semana, o ganho é muito menor.



    • O ponto de inflexão da curva parece ser em torno de 8.8mMET-h/semana, o que é a recomendação mínima de atividade física da OMS – 2 horas e meia de atividade física moderada (por exemplo, caminhar em passo rápido) por semana.

Na prática clínica
    • É boa prática do profissional de saúde mental informar aos pacientes sobre os benefícios da atividade física para os sintomas psiquiátricos – e os sintomas depressivos são os que mais possuem evidência nesse sentido.
    • Esse estudo é importante no sentido de indicar que não é necessário um grande volume de atividade física para observarmos benefícios, o que pode encorajar os pacientes e sair do sedentarismo.

      Referência

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